Manifestantes criam tensão no desfile do Rio

Batalhão de choque foi obrigado a conter protestos

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A situação ficou tensa hoje (7) na área do desfile de 7 de Setembro, no centro do Rio, com a chegada de um grupo de manifestantes vestidos de preto.

O Batalhão de Choque da Polícia Militar usou bombas de efeito moral  para dispersar os manifestantes. A pista que estava sendo ocupada pelo público foi evacuada. Muita gente, assustada, tentava pular a cerca . Duas senhoras - Maria Imaculada, de 65 anos, e Maria Aparecida, de 42 anos, choravam e foram atendidas por integrantes da Polícia do Exército. Elas vieram de Valença, no interior do estado. "Foi o maior susto. A gente só veio assistir ao desfile", disse Maria Imaculada, ao deixar a área.

Os Manifestantes deixaram a área da Avenida Passos próximo à área do desfile da Independência, na Avenida Presidente Vargas, e seguiram para a Praça Tiradentes, onde tentaram invadir o quartel desativado do 13º Batalhão da Polícia Militar. Uma bomba caseira foi atirada por um dos manifestantes contra a entrada do quartel e policiais militares que acompanham a manifestação jogaram bombas de efeito moral para dispersar a multidão, que conta com mais de 100 pessoas, de acordo com a PM.

Uma agência do banco Itaú teve os vidros estilhaçados por pedras atiradas pelos manifestantes. Muitos deles estão com os rostos cobertos, outros usam bonés com óculos escuros e alguns estão com os rostos pintados e usando bandeiras com as hastes feitas de pedaços de paus. Hugo Andrade Fontes ficou ferido na perna, por um teaser e foi levado ao hospital municipal, para depois seguir para a delegacia.

Homens do Regimento de Polícia Montada da PM estão fazendo um cordão de isolamento na Avenida Visconde do Rio Branco, perto do Quartel Central do Corpo de Bombeiros, para evitar que os manifestantes retornem à Avenida Presidente Vargas.

Muitos pais com crianças deixaram a área do desfile e seguiram pela Praça da República e procuraram abrigo na entrada do Hospital Souza Aguiar, devido às bombas de gás lacrimogêneo atiradas pelos militares.

Outro grupo – de cerca de 50 manifestantes – está tentando passar pelo cordão de isolamento feito pela Polícia Militar e seguir para se juntar ao outro grupo que participa do protesto na Avenida Presidente Vargas. Dezenas de manifestantes se concentram também na Rua Uruguaiana, levando faixas e cartazes, e estão isolados por uma barreira feita pela Tropa de Choque da PM.