Polícia inclui seis casos em investigação de assassinatos em GO
A força-tarefa policial que atua para desvendar assassinatos de mulheres cometidos por suspeito que usa moto e arma de fogo nos crimes ampliou a investigação para mais seis inquéritos além dos 12 inicialmente selecionados, somando agora 18. Mais de 100 policiais, delegados, agentes, escrivães e membros da inteligência atuam, desde a última segunda-feira, em esforço concentrado para esclarecer, dentre outras linhas de investigação, se há um assassino serial agindo contra moças jovens em Goiânia.
Desde janeiro, moças de 14 a 29 foram vítimas em ocorrências que têm em comum a presença de um motoqueiro que atira nas mulheres, mas não as assalta, mesmo que chegue, em alguns casos, a anunciar um assalto. O delegado Reinaldo Koshiyama de Almeida, coordenador de planejamento operacional da polícia civil de Goiás, é um dos três delegados à frente da força-tarefa e disse que os seis outros crimes foram incluídos na lista após reunião de informações cruzadas dos delegados que compõem a força-tarefa. “Entendemos por incluir estes acasos por eles terem alguma similaridade com os que já estávamos investigando”, explicou.
Dos 6 casos, três foram também de assassinatos de mulheres, dois foram tentativas de assassinatos contra duas outras e um envolve o assassinato de um homem. “Neste caso específico, estamos investigando uma conexão com um dos crimes contra as mulheres”, esclareceu o delegado Koshiyama. Das duas tentativas, uma foi contra uma vítima de 18 anos, que recebeu um tiro no peito de um motoqueiro em uma moto preta, com capacete preto, no dia 25 de julho, em uma rua do Jardim América, bairro de classe média de Goiânia. Ela está internada, mas fora de perigo. A outra tentativa de assassinato também foi recente, mas o motoqueiro errou o alvo. Detalhes deste crime estão sendo mantidos em sigilo pela polícia para não atrapalhar as investigações.
O delegado Reinaldo Koshiyama disse que a policia continua não descartando a atuação de um assassino em série, mas reforça que nenhuma versão pode ser concluída antes do fim das investigações. “A única semelhança entre os crimes é a presença de um motoqueiro como suspeito dos disparos. As motivações de cada crime não estão esclarecidas”, disse. Segundo o delegado, alguns dos crimes já estão em avançado estágio de investigação, há suspeitos e alguma prisão pode ser efetuada em breve. “Mas não podemos precisar quando”, despistou.