Presidente do Conselho de Ética recusa pedido de suspensão de depoimento
Os advogados do deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA) defenderam há pouco, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o adiamento do depoimento de Meire Bonfim da Silva Poza, apontada como contadora do doleiro Alberto Youssef. No entanto, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que está presidindo interinamente o conselho, decidiu prosseguir com o depoimento de Meire.
O argumento dos advogados é de que o relator do processo contra Argôlo, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), havia dispensado as testemunhas de acusação na reunião anterior. Eles entenderam, com isso, que a fase de oitivas de acusação havia se encerrado, e sugeriram convidar Meire Poza como testemunha de defesa, em outra data.
Marcos Rogério disse, porém, que dispensou somente as testemunhas anteriores e que pode convidar novas testemunhas de acusação dentro do prazo de instrução.
A contadora fala neste momento ao Conselho de Ética, no plenário 11. Um dos temas do depoimento deverá ser a reportagem da revista Veja divulgada nesta semana, na qual Meire afirma que Luiz Argôlo "era cliente e ao mesmo tempo sócio de Beto" (apelido de Alberto Youssef).
Segundo a reportagem, Meire disse que o parlamentar e o doleiro "tinham parcerias em obras e negócios" e que ela, pessoalmente, teria feito muitos pagamentos para Argôlo. "Ele vivia no escritório", teria afirmado Meire.