Maconha a bordo causa tumulto dentro de avião em SP
Passageiros tiveram que aguardar quase duas horas para deixar o avião
Na manhã desta sexta-feira, (7), os passageiros de uma aeronave da TAM tiveram que aguardar mais de uma hora dentro do avião após o pouso devido a "um fato ocorrido com uma comissária". Essa foi a expressão usada pelo comandante, enquanto ele informava que a Polícia Federal estava a caminho. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo a publicação, a reportagem da Folha estava dentro do avião e, assim como os demais passageiros, não fazia ideia do que teria acontecido. Mais tarde, a resposta chegou: uma comissário havia encontrado maconha no banheiro da aeronave e apontou um passageiro de 19 anos como o suposto "dono" da droga.
A revelação do motivo foi o suficiente para que os pedidos de "quero sair do avião" se transformassem em uma "minimarcha da maconha" a bordo. Enquanto um passageiro idoso reclamava, um colega dizia, aos risos: "Mas é só um baseadinho!". O escritor e apresentador Eduardo Bueno, o Peninha, estava neste voo, o JJ 3297, também defendeu a droga. "Maconha é remédio!", gritou.
Após uma hora e 50 minutos de espera - mais que o tempo do voo, que ia de Porto Alegre a Guarulhos -, os passageiros foram liberados e entraram no aeroporto paulista. A PF, que justificou a demora pela alta demanda de ocorrências da manhã, levou o suspeito para prestar depoimento.
Embora a comissária tivesse relatado que haviam 18 "baseados" em um maço de cigarros, o jovem negou e a polícia não informou a quantia de droga encontrada. O acusado assinou um termo circunstanciado e foi liberado.
Os demais passageiros, no entanto, sofreram os maiores danos: muitos perderam pontes aéreas e tiveram que aguardar horas para o próximo voo. "Vou perder 12 horas nessa brincadeira. Me ferrei por meio baseado que eu nem vi", disse a estudante Anelise Wätcher, 20, que perdeu um voo para Lima.
Em nota, a TAM informou que prestou assistência aos passageiros prejudicados.