Ato em frente ao MEC termina em confusão com a polícia

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Ato de professores universitários e estudantes em defesa da educação pública em frente ao Ministério da Educação (MEC) hoje (5) terminou em confusão com a polícia. Um estudante foi preso, acusado de pichar a lateral do prédio do ministério. A polícia usou spray de pimenta para dispersar o grupo que tentou protegê-lo.

O ato foi organizado pelo Comando Nacional de Greve dos docentes federais do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino (Andes-SN) e, segundo a organização, reuniu, desde o início, às 9h, cerca de 400 pessoas. O conflito com a Polícia Militar do Distrito Federal, ocorreu após o final das aulas públicas e apresentações, à tarde, quando o grupo já se dispersava e menos de 50 pessoas permaneciam na área em frente ao MEC.

"A polícia identificou um aluno que teria pichado o prédio e veio, de forma truculenta, com um número muito grande de policiais cercando o grupo", disse a professora da Universidade Federal Fluminense Paula Kapp, integrante do Comando Nacional de Greve. Segundo Paula, a polícia tentou prender o estudante, dizendo que achava que ele era culpado. Com a falta de certeza, o grupo o protegeu.

"Vieram com cassetete, gás de pimenta, um aluno saiu com a nuca sangrando. Avaliamos que houve excesso de violência, que a polícia não dialogou com um grupo extremamente pacífico", afirmou a professora.

O estudante foi preso e, como o prédio que ele teria pichado é sede de um órgão federal, encaminhado à Polícia Federal. O major Janisson Mariano da Silva disse que recebeu filmagens do ato da pichação e que, identificando o culpado, cumpriu o dever de prendê-lo. "Na hora em que a gente foi fazer a prisão, fizeram um círculo para proteger o cidadão e tomaram o cassetete do sargento". O major Silva negou que tenha havido excesso de violência e disse que não viu os policiais usando cassetetes.

Professores das universidades federais estão em greve há cerca de quatro meses. Há duas semanas, professores e estudantes em greve ocuparam o andar do gabinete do então ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. Hoje Aloizio Mercadante, retomando o comando da pasta.