Kátia Abreu apresenta à ONU programa de mobilidade social no campo

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Em viagem oficial à Rússia, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, apresentou hoje (7) o programa do ministério sobre mobilidade social no campo ao Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU).

A ministra reuniu-se com o presidente da entidade, Kanayo Nwanze, em Moscou, de acordo com informação divulgada por sua assessoria em Brasília.De acordo com o informe, o Fida buscou interlocução com o governo brasileiro para tratar da revisão do plano de atuação no Brasil entre 2016 e 2021. Uma das prioridades do novo programa da entidade é o desenvolvimento rural e a redução da pobreza, com foco na cooperação Sul-Sul e em parcerias estratégicas.

A ministra está na capital russa para participar da Reunião dos Ministros da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário do Brics (bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Segundo sua assessoria, Kátia Abreu disse que está em fase de implementação, pelo ministério, o Programa Oportunidade: Mobilidade Social no Campo, cujo objetivo é dobrar a atual classe média rural brasileira por meio de qualificação, extensão rural e estímulo ao associativismo, em busca do aumento da renda dos pequenos produtores.

“Não existe nenhuma receita mágica para que as transformações ocorram. As receitas são muito simples. As soluções simples são mais eficazes”, disse Kátia Abreu. Um dos focos do programa, segundo ela, é corrigir imperfeições de mercado enfrentadas pelos pequenos produtores.

A ministra acrescentou que o programa é adaptável a qualquer lugar do mundo. O importante, disse ela, é treinar os técnicos para transmitirem conhecimento e tecnologia aos produtores in loco, no Brasil ou em qualquer país.O presidente do Fida ressaltou que o programa de ampliação da classe média é ambicioso, mas necessário. “Soa como música para os meus ouvidos o que vocês pretendem fazer com os agricultores mais pobres, que precisam, sim, estar organizados, com poder de negociação. A organização é a parte central da nossa entidade”, assinalou Kanayo Nwanze.