'Página 12': Dilma destaca a qualidade da democracia boliviana em visita de Evo ao Brasil
Matéria publicada nesta quarta-feira (4) no jornal argentino 'Página 12', por Dario Pignotti, conta um pouco da visita do presidente da Bolívia ao Brasil. Faltando menos de três semanas para o referendo sobre a reforma constitucional na Bolívia, a presidente Dilma Rousseff recebeu seu colega Evo Morales em Brasília para uma reunião eminentemente política.
Em seu discurso, Dilma não mencionou o referendo do país vizinho, mas disse que abrirá o caminho para uma nova candidatura de Morales nas eleições de 2019. Rousseff ressaltou a qualidade da "democracia boliviana" e pediu um brinde a seu "amigo" Evo, que em seus 10 anos como presidente, é um exemplo de como "a liderança pode conciliar o crescimento econômico com justiça social."
Rousseff diplomaticamente mostrou a Morales sua vontade de fortalecer o relacionamento que foi afetado em 2013, quando os membros do Serviço Exterior Brasileiro facilitaram a fuga do líder separatista Roger Pinto Molina, indiciado por vários crimes. A colaboração dada à fuga do líder separatista, gerou uma série de protestos por parte do governo boliviano em 2013. A magnitude do conflito diplomático fez Dilma pedir a renúncia de Antonio patriota, o então ministro das Relações Exteriores.
A reportagem fala que a reunião de cúpula em Brasília foi um retorno a essa questão mal esclarecida, e considerada por ambos, como já superada. "Temos um diálogo permanente com a Bolívia em uma ampla gama de questões", disse Rousseff ao que Morales respondeu expressando sua gratidão pelo "apoio" recebido da "irmã companheira Dilma."
Com seu discurso afável, Evo lembrou o apoio que recebeu do "parceiro Lula", que em 2008 coordenou uma coalizão de líderes sul-americanos para conter uma rebelião em Santa Cruz de la Sierra.