'Clarín': Odebrecht vai atingir em cheio cúpula do governo Temer

Reportagem diz que valor de propinas chega a 1, 2 bilhões de dólares

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O governo brasileiro abriu várias frentes, desde a validação pelo Supremo Tribunal, da delação de 77 executivos da Odebrecht. 

De acordo com matéria publicada pelo Clarín nesta terça-feira (31), os testemunhos do grupo incluem o chefe da organização Emilio Odebrecht e seu filho Marcelo, ex-presidente da empresa. Sabe-se que o montante das propinas que forneceu ao setor político no Brasil atinge 800 milhões de dólares dentro do país; e que devemos adicionar outro 400 milhões pela empresa distribuída no exterior. 

Segundo a reportagem esta documentação pode esclarecer a maior rede de corrupção na história do Brasil, que envolveu os diretores da Petrobras e grande parte do gabinete do presidente Michel Temer.

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Existe um momento crítico a partir de agora: é aquele em que as confissões ganham publicidade. E isso é o que gera o maior medo no Palácio do Planalto. De repente, Temer pode ficar sem seus principais assessores, analisa o Clarín. O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) acaba de formalizar a candidatura à presidência do Senado de Eunício Oliveira. A figura irá substituir o agora ex-chefe desse órgão: Renan Calheiros. Tanto o eventual sucessor e antecessor estão diretamente envolvidos na Lava Jato e citados várias vezes pelos informantes do Grupo Odebrecht. 

A eleição começa precisamente nesta quarta-feira (1) e tudo indica que Oliveira será eleito. A razão é simples: o PMDB está em maior número.

Segundo fontes judiciais, quem deve quebrar o segredo, ou manter, é o procurador-geral Rodrigo Janot, relata o Clarín.