Conselho pede apuração de atendimento da Saúde Pública ao menino Arthur Silva
O Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) encaminhou nesta sexta-feira (5) um pedido à Ouvidoria Geral do Estado de São Paulo para que sejam apuradas possíveis falhas, irregularidades e negligências dos serviços públicos de saúde no atendimento ao menino Arthur Aparecido Bencid Silva, de 5 anos.
A criança morreu no dia 1° de janeiro, atingido por um disparo de arma de fogo na virada do ano, quando brincava com outras crianças no quintal da casa de familiares no Jardim Taboão, no Bairro do Campo Limpo, na capital paulista. O crime é investigado por meio de Inquérito Policial instaurado pelo 89º Distrito Policial da Capital.
O pedido do Conselho, assinado pelo coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves, diz que “após o ferimento sofrido pela criança na cabeça em razão da 'bala perdida', ocorreram possíveis falhas e irregularidades no atendimento da Saúde Pública, conforme relataram os familiares de Arthur à vários veículos de comunicação”.
O coordenador destaca que, "conforme os relatos dos familiares, publicados pela Imprensa e em Redes Sociais, como no facebook do tio do menino, Leandro Cardoso, ocorreram dificuldades para que a criança recebesse atendimento em UTI Pediátrica, e inclusive alguns Hospitais Estaduais teriam alegado falta de vagas para realizar o atendimento imediato e emergencial, como o quadro de saúde dele exigia."
O documento ainda informa que "inicialmente a criança foi levada ao Hospital Particular Family, em Taboão da Serra. Após realizar exames no citado Hospital foi apontada a necessidade dele ser transferido para um Hospital que tivesse UTI Pediátrica, em razão da gravidade do quadro de saúde. O Hospital Family informou que acionou os Hospitais Públicos Estaduais: Hospital das Clínicas, Hospital Heliópolis, Hospital Regional de Osasco e Santa Casa de Santo Amaro (conveniado ao Estado) e os 4 negaram a vaga para a internação em UTI Pediátrica. Apenas por volta das 6 horas da manhã, 6 horas após ser atingida pelo disparo, a criança enfim foi atendida no Hospital Geral Pirajussara, também vinculado ao Governo do Estado”.