Desabamento em SP mobiliza políticos e ajuda a esvaziar evento da Força Sindical

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O desabamento de um prédio no centro de São Paulo na madrugada desta terça-feira, 1º, contribuiu para esvaziar a presença de políticos no evento de comemoração do dia do trabalhador organizado pela Força Sindical hoje na capital paulista. O prefeito da cidade, Bruno Covas (PSDB), não compareceu e dos pré-candidatos à presidência da República, somente três foram ao evento: Paulo Rabello de Castro (PSC), Aldo Rebelo (SD) e Manuela D'Ávila (PCdoB).

O ex-governador de São Paulo e pré-candidato ao Planalto pelo PSDB, Geraldo Alckmin, também não compareceu, assim como o atual governador do Estado, Márcio França (PSB), que foi ao local do desabamento do prédio no centro da capital acompanhar a situação. O pré-candidato pelo PDT Ciro Gomes, que está em São Paulo hoje, também não apareceu.

No palco armado na zona norte de São Paulo, vários presentes, incluindo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (SD-SP), lamentaram o acidente. Aldo Rebelo disse que o desabamento do prédio dá "uma nota de tristeza e luto" ao feriado de 1º de maio. Rabello de Castro comparou a queda do prédio ao "desabamento da República brasileira". "A república está desabada", disse em seu rápido discurso.

A organização estimava a presença de 700 mil pessoas no ato, mas o número oficial de participantes ainda não havia sido divulgado até o início da tarde desta terça-feira. A festa teve investimento da ordem de R$ 2 milhões, abaixo do ano passado (R$ 2,5 milhões), influenciada pela queda da contribuição sindical com a reforma trabalhista. O palco tem shows de atrações como os cantores Leonardo e Michel Teló e as duplas Maiara & Maraísa e Simone & Simária. O evento tem ao longo da tarde o sorteio de 15 carros.

Os políticos que subiram ao palco criticaram as reformas do presidente Michel Temer, sobretudo a trabalhista. Rabello de Castro classificou a reforma trabalhista como "caolha" e Manuela D'Ávila pediu a revogação das medidas, alegando que elas retiraram direitos dos trabalhadores. "Este é o primeiro 1º de maio sem a CLT Consolidação das Leis Trabalhistas como nós a conhecemos", disse durante rápido discurso.