162 movimentos disputam lugar na fila de moradia popular da capital paulista

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Pelo menos 162 movimentos sociais disputam espaço na extensa fila por moradia na cidade de São Paulo. A relação inclui desde organizações com mais de 30 anos de atuação, que participam dos programas habitacionais, até grupos novatos tachados de oportunistas por aproveitarem a onda de ocupações de imóveis vazios para cobrarem aluguéis de famílias pobres submetidas a condições precárias de habitação.

O levantamento feito pelo Estado considerou as 149 entidades cadastradas no Minha Casa Minha Vida na capital paulista e outras 13 mapeadas pela reportagem, mas que não estão inscritas no programa federal. As maiores e mais tradicionais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), a Frente de Luta por Moradia (FLM) e a União dos Movimentos por Moradia (UMM), têm nas ocupações de terrenos e prédios um dos principais instrumentos para pressionar o poder público a construir novas moradias para a população de baixa renda.

Embora sejam as mais estruturadas, as três organizações e suas respectivas filiadas respondem hoje por apenas 28 das 206 ocupações no Município. As demais foram comandadas por movimentos independentes ou lideranças sem histórico de atuação na luta por habitação.

É o caso dos coordenadores do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM), responsáveis pela invasão do edifício no Largo do Paiçandu, centro da capital, que desabou na terça-feira, deixando, até agora, um morto, dois feridos e cinco desaparecidos. O MLSM cresceu com uma série de invasões em 2014 e seus líderes são acusados de achaque por cobrarem R$ 400 de aluguel e expulsarem quem não pagasse.

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