Bolsonaro diz ter "mofo no pulmão" após Covid-19 e que está tomando antibiótico
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que está tomando antibiótico em decorrência de uma infecção a que está acometido após, segundo ele, ter sentido fraque e estar com “mofo no pulmão” depois de passar 20 dias em isolamento em decorrência da Covid-19.
“Acabei de fazer um exame de sangue, né, estava com um pouco de fraqueza ontem, acharam até um pouco de infecção também. Estou agora no antibiótico, deve ser... agora depois de 20 dias dentro de casa, a gente pega outros problemas. Eu peguei mofo, mofo no pulmão”, disse Bolsonaro em transmissão ao vivo pelas redes sociais.
Bolsonaro não deu detalhes sobre o tipo de infecção e disse que vai cumprir agenda de viagem na sexta-feira em Bagé, no Rio Grande do Sul. Nesta quinta pela manhã, o presidente teve a sua primeira agenda oficial de viagens desde então, visitando municípios no Piauí e na Bahia.
O presidente garantiu na transmissão pelas redes sociais que está curado da Covid-19, após ter afirmado no fim de semana que teve teste negativo para a doença. Ele havia anunciado em 7 de julho que teve teste positivo para o novo coronavírus.
“Estou curado da Covid, já tenho anticorpos, sem problemas”, disse o presidente.
Bolsonaro agradeceu a Deus e à hidroxicloroquina, medicação sem eficácia comprovada cientificamente no tratamento da Covid-19, que disse ter sido receitada pelo médico da Presidência da República. Segundo ele, não é possível saber se foi coincidência ou não, mas o medicamento “funcionou” no seu caso.
Novamente, o presidente fez a defesa da droga, destacando que, embora não tenha comprovação da eficácia, também não há comprovação de que “não faz efeito”. Para ele, não se deve desestimular aquilo que não se sabe.
Também nesta quinta-feira, o Palácio do Planalto informou que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, teve resultado positivo em um teste de Covid-19 na quarta-feira e apresenta bom estado de saúde.
O Brasil é o segundo país do mundo mais afetado pela Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de 2,6 milhões de casos confirmados e 91.263 mortes devido à doença.(Com agência Reuters)