Derrota do voto impresso aumenta pressão sobre Arthur Lira caso Bolsonaro mantenha ataques golpistas
Parte do mundo político não acredita em fim das ameaças e questiona qual será posição do presidente da Câmara
O desenrolar da novela sobre o voto impresso deve colocar pressão em cima de Arthur Lira (PP-AL). O presidente da Câmara foi quem levou a público a suposta posição de Jair Bolsonaro, de que ele teria “garantido” que vai aceitar a derrota do tema no Congresso.
Parte do mundo político não acredita que as ameaças diminuirão. Durante o processo, aliados de Lira também fizeram circular informação de que ele vai abandonar o barco se os ataques seguirem após a votação.
Diante da imprevisibilidade de Bolsonaro, a pergunta que tem sido feita é sobre a reação de Lira caso o presidente descumpra a promessa de interromper os ataques golpistas: o presidente da Câmara tomará uma atitude incisiva ou continuará a transformar as crises geradas por Bolsonaro em prejuízo para si e seu grupo político?
A decisão de colocar para votação em plenário a PEC do voto impresso foi criticada por aliados de Lira, por exemplo, que dizem que foram expostos pelo presidente da Câmara, já que tiveram que escolher entre apoiar proposta amplamente criticada ou se opor a ela e desagradar ao governo federal.
Eles dizem que sofreram ônus político para satisfazer as vontades do presidente.
No Judiciário, há a impressão de que Bolsonaro está isolado e pode diminuir inicialmente os ataques. Caso não faça isso, dizem, há inquéritos em andamento para segurar seus arroubos antidemocráticos.(Painel/Folhapress)
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