POLÍTICA

No Twitter, oposição ironiza internação de Bolsonaro e apoiadores cobram apuração sobre facada

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Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 04/01/2022 às 07:57

Alterado em 04/01/2022 às 07:57

Bolsonaro no hospital Foto: reprodução

A internação de Jair Bolsonaro, que deu entrada nessa segunda no Hospital Vila Nova Star (SP) com suspeita de nova obstrução intestinal, virou palco para embate nas redes sociais entre políticos da oposição e que apoiam o presidente da República.

No Twitter, bolsonaristas ressuscitaram a pergunta “Quem mandou matar Bolsonaro?” e levaram a hashtag ao primeiro lugar dos trending topics, assuntos mais comentados da rede social. O questionamento é trazido à tona de forma recorrente pelo presidente e seus apoiadores em referência ao atentado que ele sofreu durante a campanha eleitoral de 2018.

Por outro lado, opositores têm ironizado a internação e colocaram a hashtag #VA GA BUN DO também no rol dos temas mais comentados. A expressão é uma crítica ao fato de Bolsonaro ter mantido as férias, com direito a passeios de moto aquática, enquanto municípios baianos sofriam com os estragos provocados pelas chuvas mais intensas dos últimos 32 anos no Estado.

O deputado federal Nilmar Tatto (PT-SP) foi um dos que ironizou a hospitalização do presidente e sua disposição para o trabalho. “Nas 3 semanas de férias, Bolsonaro estava ótimo! Teve tempo inclusive de pescar enquanto o povo baiano sofria uma tragédia. Hj, no primeiro dia útil do ano, o presidente meteu um atestado. Nada de novo pra quem tá sem trabalhar há + de 30 anos como deputado e agora presidente”, escreveu no Twitter.

Correligionário de Tatto, o também deputado federal Rogério Corrêa (PT-MG) também criticou Bolsonaro. “Primeiro dia útil do ano e Bolsonaro de atestado médico após as férias. Em se tratando de quem tem fama de não gostar de trabalhar nos resta concluir que: #BolsonaroVagabundo #TicTacBolsonaro #ImpeachmentBolsonaro”.

O deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) postou um meme com fotos que mostram Bolsonaro passeando de carro e moto aquática nos dias de folga, enquanto aparece na cama do hospital no primeiro dia útil de 2022, quando deveria voltar ao trabalho. “Trabalho não é com esse aí”, escreveu.

Zeca Dirceu (PT-PR) frisou o fato de Bolsonaro ter ficado doente após “dias de curtição”. “Aposto que se ele estivesse na Bahia ou em Brasília trabalhando, isso não teria acontecido”, vaticinou o parlamentar.

O deputado federal André Figueiredo (PDT-CE) adotou discurso mais ameno em relação aos colegas e desejou melhoras ao presidente, mas também aproveitou para questionar a vontade dele de trabalhar. “O presidente, ao invés de repousar e se alimentar bem, para poder trabalhar com eficiência, aloprou no feriado. Sua aversão ao trabalho é impressionante!”.

Deputados que apoiam Bolsonaro, por outro lado, frisaram que a internação foi provocada por uma facada dada por um “militante do PSOL” e cobraram que seja esclarecido se houve mandante para o atentado.

A Polícia Federal abriu dois inquéritos para investigar o caso e, em ambas as apurações, que levaram mais de um ano, conclui que Adélio Bispo agiu sozinho, sem a participação de terceiros. A investigação, no entanto, foi reaberta em novembro do ano passado.

“Mais uma internação, consequência da maldita facada até hoje não explicada. Ao Presidente @jairbolsonaro nossas orações e torcida para que se recupere logo. Ao Brasil, a pergunta #QuemMandouMatarBolsonaro”, afirmou Bia Kicis (PSL-DF).

“Mais de 3 anos depois e ainda não sabemos #QuemMandouMatarBolsonaro. FORÇA Presidente @jairbolsonaro. Estamos em oração pelo senhor. Jesus te honrará”, escreveu a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).

O deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ) também relembrou o atentado ao desejar recuperação para o presidente. “Foram muitas internações devido a um atentado sofrido por um militante e ex filiado do PSOL, hoje mais uma internação, mais um obstáculo pela frente.” (com Bruno Luiz/Agência Estado)