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Bolsonaro chama coronel Ustra, que torturou mulheres na ditadura, de 'velho amigo'

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Por POLÍTICA JB
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Publicado em 28/03/2022 às 07:31

Alterado em 28/03/2022 às 07:31

O presidente tem o que a esconder? Evaristo Sá/AFP

Durante um ato do PL realizado neste domingo (27), em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que torturou mulheres na ditadura, de 'velho amigo'. Em seu discurso, o chefe do Executivo lembrou do momento em que votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, quando ele dedicou seu voto ao torturador.

"Quis o destino que viesse o impeachment. O meu voto, como praticamente todos os parlamentares falaram, foi o que mais marcou. Eu não podia deixar um velho amigo, que lutou por democracia, que teve a sua reputação quase destruída, sem deixar de ser citado naquele momento', declarou Bolsonaro. "A história não se pode mudar, a história é uma só, e ela foi benéfica conosco, e aquela pessoa [Ustra], eu tinha que, por dever de consciência, apresentá-la', emendou o presidente.

Em 2008, Ustra foi condenado pela Justiça por tortura na época da ditadura militar. Uma das vítimas do coronel foi justamente Dilma. Durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro disse, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que seu livro de cabeceira era "A verdade sufocada", escrito pelo torturador. (com Agência Estado)

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