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Bolsonaro disse em outra entrevista que meninas venezuelanas faziam 'programa'

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Por POLÍTICA JB com Agência Estado
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Publicado em 18/10/2022 às 19:16

Alterado em 18/10/2022 às 19:22

INFORME JB: 'Bolsonaro gravou novo vídeo sobre o assunto ao lado da mulher, Michelle, e de uma embaixadora fake da Venezuela' reprodução de vídeo

Iander Porcella - Começou a viralizar nas redes sociais nesta terça-feira, 18, o vídeo de uma entrevista em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) diz que meninas venezuelanas se arrumavam para “fazer programa”. O chefe do Executivo pediu desculpas hoje por ter dito que as adolescentes de 14 e 15 anos estavam se maquiando para “ganhar a vida”, mas afirmou que suas declarações foram tiradas do contexto e criticou a esquerda.

“Eu parei numa esquina, tirei o capacete, aí eu olhei para trás e tinha umas duas ou três meninas bonitinhas de uns 14, 15 anos de idade. Me chamou a atenção. Meninas bonitinhas, sábado, né? Mas por que chamou a atenção? Eram parecidas. Eu vi que apareceu mais uma, mais outra, aí eu desci da moto. ‘Posso entrar?’, entrei”, relatou o presidente, em 12 de setembro, ao podcast Collab.

“Tinha umas 15 meninas dessa faixa etária, 14, 15, 16 anos. Todas muito bem arrumadas, tinham tomado banho, estavam fazendo o cabelo, venezuelanas. Estavam se arrumando para quê? Alguém tem ideia? Quer que eu fale? Para fazer programa”, emendou Bolsonaro.

Em vídeo gravado hoje ao lado da primeira-dama Michelle e da embaixadora da Venezuela no Brasil, María Teresa Belandria, Bolsonaro criticou a esquerda, afirmou que suas declarações sobre meninas venezuelanas foram tiradas de contexto e pediu desculpas caso suas "palavras" tenham sido "mal entendidas" e provocado "algum constrangimento".

"As palavras que eu disse refletiam uma preocupação da minha parte no sentido de evitar qualquer tipo de exploração de mulheres que estavam vulneráveis. A dúvida e a preocupação que foram levantadas foram quase que imediatamente esclarecidas à época pela nossa [então] ministra da Mulher, Damares Alves, que foi ao local e constatou que as mulheres citadas na live eram trabalhadoras", afirmou o presidente no vídeo.

Na última sexta-feira, 14, em entrevista ao podcast Paparazzo Rubro-Negro, Bolsonaro relatou a mesma história sobre as meninas venezuelanas. Dessa vez, contudo, ao invés de usar a expressão “fazer programa”, falou em “ganhar a vida”. Ao contar que entrou na casa, o presidente também disse que “pintou um clima”. As declarações viralizaram nas redes sociais e foram usadas pela oposição para associar Bolsonaro à pedofilia.

No último domingo, 16, horas antes do debate na TV organizado pela Band e outros veículos de comunicação, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, proibiu a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de explorar as declarações de Bolsonaro sobre as venezuelanas.

"Se as minhas palavras que, por má-fé, foram tiradas de contexto, de alguma forma, foram mal entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpas, já que meu compromisso sempre foi o de melhor acolher e atender a todos que fogem de ditaduras pelo mundo", declarou hoje o presidente.

 

 

EM VÍDEO, BOLSONARO PEDE DESCULPAS POR DECLARAÇÕES SOBRE MENINAS VENEZUELANAS

Em um vídeo gravado ao lado da primeira-dama Michelle e da embaixadora da Venezuela no Brasil, María Teresa Belandria, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a esquerda, afirmou que suas declarações sobre meninas venezuelanas foram tiradas de contexto e pediu desculpas caso suas "palavras" tenham sido "mal entendidas" e provocado "algum constrangimento".

"As palavras que eu disse refletiam uma preocupação da minha parte no sentido de evitar qualquer tipo de exploração de mulheres que estavam vulneráveis. A dúvida e a preocupação que foram levantadas foram quase que imediatamente esclarecidas à época pela nossa [então] ministra da Mulher, Damares Alves, que foi ao local e constatou que as mulheres citadas na live eram trabalhadoras", disse Bolsonaro.

Na última sexta-feira, 14, em entrevista a um podcast, Bolsonaro contou que durante um passeio de moto por Brasília, ao ver "meninas bonitas" de 14 e 15 anos, "pintou um clima". O presidente, então, pediu para visitar a casa onde elas viviam. Segundo o chefe do Executivo, elas estavam se arrumando para "ganhar a vida". As declarações viralizaram nas redes sociais e foram usadas pela oposição para associar Bolsonaro à pedofilia.

"Prezadas irmãs e irmãos venezuelanos, estamos indignados com as últimas ações de alguns militantes de esquerda que, sem nenhum pudor, estão pressionando mulheres venezuelanas a fim de obter vantagem política neste momento", afirmou Bolsonaro, no vídeo divulgado hoje. "Mesmo depois da decisão do TSE tomada em função da mentira que vinha sendo veiculada sobre minha pessoa, esses inomináveis, agora, dirigem seus ataques contra essas mulheres", emendou.

No último domingo, 16, horas antes do debate na TV organizado pela Band e outros veículos de comunicação, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, proibiu a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de explorar as declarações de Bolsonaro sobre as venezuelanas.

"Se as minhas palavras que, por má-fé, foram tiradas de contexto, de alguma forma, foram mal entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpas, já que meu compromisso sempre foi o de melhor acolher e atender a todos que fogem de ditaduras pelo mundo", declarou hoje o presidente. (IP)

 

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