POLÍTICA

Bolsonaro faz último discurso como presidente da República

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Por POLÍTICA JB
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Publicado em 30/12/2022 às 10:28

Alterado em 30/12/2022 às 11:59

[Bolsonaro] O discurso derradeiro Foto: Sergio Lima/AFP

Pouco antes de deixar o poder, o presidente Jair Bolsonaro fez seu o último pronunciamento em uma transmissão on-line, onde se defendeu das críticas e condenou os atos terroristas em Brasília.

No início do discurso, o presidente afirmou que pretendia fazer uma prestação de contas e comentar sobre o atual momento político no país. Ele afirmou que o governo Lula já começará capenga, e que terá muita coisa a fazer para não deixar o Brasil em uma situação complicada.

Ao atacar o próximo governo, o presidente disse que o Brasil terá um futuro muito difícil com sua saída, mesmo que ele não tenha sido ideal.

"O novo governo quer que os impostos voltem a ser cobrados", destacou Bolsonaro, afirmando que a pretensão pela alta dos preços não é culpa de seu governo, mas sim, do novo governo que está chegando.

Como pontos fortes de seu governo, Bolsonaro citou carteira de habilitação, Auxílio Brasil, a inauguração da transposição do rio São Francisco, a criação de novos empregos, a Internet nas escolas, o combate à corrupção, a facilitação do porte de arma "para buscar a paz no campo".

O atual presidente não deverá estar presente para passar a faixa para Lula, pois viajará para os EUA, onde deverá ficar por um mês.


Atentado terrorista

No discurso, Jair Bolsonaro disse que a ameaça de bomba "não se justifica", e em seguida criticou a imprensa por identificar o homem preso como "bolsonarista".

"Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista ali na região do aeroporto. Nada justifica. O elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com um cidadão. [A mídia] Massifica, em cima do cara, como 'bolsonarista' o tempo todo", disse o presidente.

Em 24 de dezembro, um caminhão estava próximo ao aeroporto de Brasília quando a polícia foi avisada sobre a presença de um artefato explosivo, que depois foi detonado. O empresário George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, foi preso por envolvimento no esquema.


Agenda de costumes

Comentando a questão das armas, Bolsonaro apontou que a facilitação do porte teve responsabilidade na redução das mortes no país. Ele sustentou que o porte de armas reforçou a segurança no país e reduziu o risco de crimes para a população.

Bolsonaro ainda destacou que seu governo resgatou o patriotismo, o respeito à família, liberdade de escolha, respeito às crianças e idosos. O presidente também citou a abertura de um novo colégio militar, aumentando a disciplina nas escolas e a qualidade de ensino dos adolescentes.


Economia e Paulo Guedes

O presidente disse que reduziu os impostos e facilitou a aberturas de empresas em diversos municípios com a expedição rápida de alvarás. Ele destacou que o seu governo "domou a inflação", além de zerar os impostos federais dos combustíveis e a imposição de um teto no ICMS.


Morte de Pelé

Bolsonaro também lamentou a morte do rei Pelé, que levou o nome do Brasil pelos "quatro cantos do Brasil". "Eu tive o prazer de conversar alguns minutos com ele, uma pessoa simples, mas que levou o nome do Brasil para os quatro cantos do mundo. Hoje, o mundo todo chora, e nós também lamentos", afirmou. (com agência Sputnik Brasil)