POLÍTICA

Lula confirma general Amaro como ministro do GSI e mantém pasta sob comando militar

Ex-chefe de segurança de Dilma, Marcos Antônio Amaro vai susbtituir o general Gonçalves Dias no cargo

Por GABRIEL MANSUR
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Publicado em 03/05/2023 às 13:14

Alterado em 03/05/2023 às 13:37

General Amaro, novo ministro-chefe do GSI Marcos Corrêa/PR

Marcos Antônio Amaro dos Santos será o novo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Inconstitucional (GSI). O general da reserva aceitou o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A oficialização do convite ocorreu durante reunião na manhã desta quarta-feira (3), no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

Já o anúncio oficial deve acontecer durante almoço de Lula com generais do Alto Comando do Exército, no Quartel-General da Força, em Brasília. O próprio Amaro já está no local para participar do almoço.

Amaro tem relação próxima com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Os laços com a ex-presidente foram criados quando o general assumiu a Secretaria de Segurança Presidencial em 2010, função que ocupou por cinco anos, e participou do processo de criação da Casa Militar, em 2015, sendo nomeado chefe do órgão por Dilma. Deixou o cargo após o processo de impeachment contra a presidente.

A decisão de Lula é uma vitória de uma ala do seu governo, liderada por Múcio, que defendia que a pasta continuasse sobre o comando de militares.

 

Saída de Gonçalves Dias

O militar assume o comando do GSI no lugar do general Gonçalves Dias, que pediu demissão no dia 19 de abril, após a divulgação de imagens da CNN Brasil em que ele e outros militares do GSI apareciam circulando dentro do Palácio do Planalto durante os Atos Golpistas de 8 de janeiro, quando criminosos invadiram e depredaram as sedes dos três poderes.

Após a saída repentina do também general da reserva, o órgão passou a ser comandado interinamente por Ricardo Cappelli, que também atuou como interventor federal na segurança pública do DF após os ataques. Desde que assumiu o GSI, Cappelli passou a arquitetar uma reestruturação no órgão, a pedido de Lula, e ao menos 146 servidores foram exonerados.

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