Segurança acusa rapaz de tentar pegar arma
O segurança particular Davi Ricardo Moreira Amâncio, de 32 anos, acusado de causar a morte de um rapaz de 19 anos dentro de uma unidade do supermercado Extra na Barra da Tijuca, na quinta-feira retrasada, reafirmou à Polícia Civil, em depoimento na quarta-feira 20, que o rapaz pegou sua arma e só não atirou porque um outro segurança impediu. O conteúdo do depoimento, que durou cinco horas e meia, foi exposto pelo advogado de Amâncio, André França Barreto.
Segundo Barreto, os quatro depoimentos prestados na quarta-feira à Delegacia de Homicídios do Rio, que investiga o caso, teriam confirmado essa versão segundo a qual Pedro Henrique Gonzaga, de 25 anos, correu em direção ao segurança Amâncio e chegou a pegar sua arma, sendo em seguida imobilizado versão refutada pela mãe do rapaz, Dinalva Santos de Oliveira, que o acompanhava.
As imagens obtidas até agora pela polícia não mostram a ação descrita pelo advogado só há registros de Gonzaga de pé parado ao lado do segurança e em seguida caindo ao chão e sendo socorrido e depois imobilizado por Amâncio, que acabou por asfixiá-lo. O advogado admite que não há registros do momento em que, segundo sua versão, Gonzaga ataca o segurança e pega sua arma.
"Por isso os depoimentos de hoje [quarta-feira)]foram esclarecedores. As testemunhas confirmaram que o Pedro estava agressivo, entrou em luta corporal com o segurança, pegou a arma e, se não é o outro segurança pegar pelo tambor [a arma] ele [Gonzaga] teria efetuado disparos dentro do estabelecimento comercial", disse o advogado.
Asfixiado, o cliente foi socorrido e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Barra da Tijuca, mas morreu após sofrer paradas cardiorrespiratórias.
Além de Amâncio, prestaram depoimento nesta quarta-feira outro segurança e dois funcionários do supermercado. Todos testemunharam o episódio. (Com Estadão Conteúdo)