RIO

Alerj tomba Terreiro da Gomeia como Patrimônio Histórico e Cultural do estado

Criado na década de 50, o terreiro é parte importante da cultura de matriz africana no estado do Rio de Janeiro

Por Jornal do Brasil
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Publicado em 24/04/2021 às 10:12

Alterado em 24/04/2021 às 10:23

O babalorixá João Alves Torres Filho, o Joãozinho da Gomeia, era famoso nos anos 50 Arquivo

O Terreiro da Gomeia, localizado no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi tombado pela Lei 9.251/21, sancionada pelo governador em exercício, Claudio Castro, e publicada nesta sexta-feira (23/04) no Diário Oficial do Estado. A Lei é de autoria da deputada Mônica Francisco (PSol) e dos deputados Waldeck Carneiro (PT) e André Ceciliano (PT).

O objetivo da norma é conservar o espaço como patrimônio histórico e cultural do Estado do Rio e valorizar as práticas religiosas de matriz africana. O terreiro foi estabelecido no município na década de 50 pelo babalorixá João Alves Torres Filho, o Joãozinho da Gomeia, e entrou em desuso no final da década de 80.

“Preservar aquele espaço é demarcar a trajetória das pessoas que praticam religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, que são muito atacadas, as lutas e a resistência da população negra. O Terreiro de Joãozinho da Gomeia deve ser reconhecido como espaço de memória afetiva, de afirmação identitária e de disseminação da cultura afro-brasileira” afirmou a deputada Mônica Francisco, vice-presidente da Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça, Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional da Alerj, ressaltando que é pastora evangélica progressista e defensora do Estado laico.