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Agora é lei: psiquiatra Nise da Silveira passa a integrar o livro de heróis e heroínas do estado do Rio

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Por JB RIO
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Publicado em 21/07/2022 às 11:58

A médica Nise Magalhães da Silveira - que morreu aos 94 anos, em 1999 - é reconhecida mundialmente por sua contribuição à psiquiatria Foto: reprodução da internet

A médica psiquiatra Nise da Silveira tem seu nome incluído no Livro de Heróis e Heroínas do Estado do Rio. É o que determina a Lei 9.800/22, de autoria do presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), e dos deputados Waldeck Carneiro (PSB), Flávio Serafini (PSOL), Luiz Paulo (PSD), Renata Souza (PSOL), Eliomar Coelho (PSB), Bebeto (PSD) e Rodrigo Bacellar (PL), que foi sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (21).

A médica Nise Magalhães da Silveira - que morreu aos 94 anos, em 1999 - é reconhecida mundialmente por sua contribuição à psiquiatria, tendo revolucionado o tratamento mental no Brasil. Nise manifestou-se radicalmente contra as formas que julgava serem agressivas em tratamentos de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia.

A psiquiatra também foi pioneira ao enxergar o valor terapêutico da interação de pacientes com animais. Também se engajou nos meios artístico e literário, voltados para área médica. De forma inovadora, no lugar das tarefas de limpeza que os pacientes exerciam à época sob o título de terapia ocupacional, ela criou ateliês de pintura e modelagem com a intenção de possibilitar aos doentes reatar seus vínculos com a realidade através da criatividade.

“Nise foi uma das primeiras mulheres no Brasil a se formar em medicina e revolucionou a psiquiatria no país. Seu trabalho e ideias inspiraram a criação de museus, centros culturais e instituições terapêuticas similares às que criou em diversos estados do Brasil e no exterior. Por sua trajetória e importância na evolução do tratamento psiquiátrico, Nise deve ser reconhecida como heroína pelo Estado do Rio de Janeiro”, afirmou Ceciliano.

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