Confrontos armados na zona norte do Rio deixam morto e cinco feridos
Notícia atualizada às 16h39
Por Ana Cristina Campos - Subiu para três o número de mortos durante operação da Polícia Militar, na manhã desta quinta-feira (24), na zona norte do Rio de Janeiro. Todos foram mortos com tiro na cabeça.
A prefeitura de Duque de Caxias, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e da direção do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), informou que o paciente Geneilson Eustaque Ribeiro, 49 anos, deu entrada na unidade às 10h46, desta quinta-feira, transferido do Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, vítima de perfuração por arma de fogo no crânio, entubado e com quadro considerado gravíssimo.
A direção do HMAPN informou que o paciente foi encaminhado diretamente ao centro cirúrgico para procedimento de craniectomia descompressiva, mas, devido à gravidade do ferimento, ele não resistiu e morreu. (com Agência Brasil)
Notícia original, publicada às 11h31
Por Vitor Abdala - Pelo menos, uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas durante operação policial na zona norte da cidade do Rio, na manhã desta quinta-Feira (23). A ação da Polícia Militar gerou confrontos armados com criminosos da região de Cordovil, que resultaram em interdições da Avenida Brasil e na interrupção da circulação de trens e de ônibus na região.
O morto é um homem de 60 anos, atingido por um tiro na cabeça. Paulo Roberto de Souza chegou a ser encaminhado para o Hospital Municipal Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias, mas morreu antes de ser atendido pelos médicos.
Um homem de 49 anos também foi baleado na cabeça e levado para o mesmo hospital. Segundo a prefeitura de Duque de Caxias, ele está entubado, em estado gravíssimo. No mesmo hospital, foi atendida uma mulher de 24 anos, baleada na perna. O quadro clínico dela é estável. Outras três pessoas foram encaminhadas com ferimentos para o Hospital Federal de Bonsucesso.
De acordo com a nota divulgada pelo hospital federal, uma delas, de 48 anos, atingida na cabeça, está em estado grave e recebe assistência das equipes clínica e cirúrgica. O segundo paciente, ferido no antebraço, foi atendido e já recebeu alta. Por fim, uma terceira vítima segue internada na unidade.
Aulas suspensas
Escolas da região tiveram suas aulas suspensas devido ao tiroteio. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 16 unidades da rede foram impactadas pelas operações policiais nas comunidades de Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-pau. Uma escola estadual da região também foi fechada, segundo a Secretaria Estadual de Educação.
Transportes
A Supervia informou que interrompeu a circulação de trens do ramal Saracuruna entre a Penha e Duque de Caxias, no início da manhã. O ramal voltou a normalizar a operação por volta das 10h. O BRT (corredor exclusivo de ônibus articulados) Transbrasil, que atravessa Cordovil, teve também seu serviço suspenso.
A prefeitura informou que, das 7h às 10h, várias interdições intermitentes foram realizadas na avenida Brasil, principal via de ligação das zonas oeste e norte com o centro da cidade.
De acordo com o Rio Ônibus, o sindicato das empresas de ônibus da cidade, 35 linhas de coletivos urbanos foram afetadas com o fechamento da Avenida Brasil. Todas as linhas que passam pela via e que tem o centro da cidade como destino foram prejudicadas, segundo o Rio Ônibus.
O município do Rio de Janeiro entrou em estágio 2, quando há risco de ocorrências de alto impacto na cidade, devido a um evento previsto ou a partir da análise de dados provenientes de especialistas ou há ocorrências com elevado potencial de agravamento. (com Agência Brasil)
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Até quando?
Por Informe JB
Até quando a chamada "inteligência" da secretaria de Segurança do Estado do Rio prosseguirá insistindo nas esvaziadas e mortíferas operações policiais nas comunidades mais pobres da cidade?
Tais movimentos, à guisa de coibir o tráfico de drogas e/ou roubos de cargas, só têm servido para matar o cidadão contribuinte eleitor que segue para o trabalho, dentro da condução lotada, ou mesmo aquele "protegido" dentro de casa ou no portão do seu quintal. Afora tantas das nossas crianças têm tido suas inocentes vidas ceifadas por despreparados agentes policiais.
Sobre o assunto (operações policiais erráticas), até o ministro Fachin, do STF, já decretou um freio de arrumação, no que foi solenemente ignorado e desobedecido pela equipe do governador Claudio Castro, o tatibitati.
Aliás, o chefe do Palácio Guanabara, até agora, 12h29, sequer fez um pronunciamento, anunciando que está "organizando as respostas".
Não há respostas plausíveis, governador! Chega de matar gente inocente!
Operações policiais não vão acabar com o crime organizado, muito mais se são realizadas "à Bangu", em horários de rush e em vias de grande movimento, como é a Avenida Brasil.
(afora o fato da conivência de (in)certos agentes da segurança com o crime organizado, mas isto é assunto para outra hora).
Alguém precisa parar este governador tatibitati e suas ideias bolsonaristas, e nisso o presidente do Tribunal de Justiça do Rio tem sua parcela de culpa - nesse desmando estadual e na falta de reação à desobediência de determinação do STF já citada aqui.
A era do "tiro na cabecinha" está "inelegível". Por ora.