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Governador exonera Victor Travancas da direção do Arquivo Público do Estado
Por JB RIO com Agenda do Poder
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Publicado em 08/01/2025 às 12:12
Por Ricardo Villa Verde - O advogado Victor Travancas foi exonerado pelo governador Cláudio Castro do cargo de diretor geral do Arquivo Público do Estado (Aperj). Ele ficou pouco mais de um mês na direção, após ter tomado posse em dezembro depois de ter deixado o cargo de subsecretário adjunto do gabinete do governador.
A exoneração ocorreu dois dias após o advogado ter anunciado a polêmica decisão de fechamento do Arquivo Público alegando que o prédio na Praia de Botafogo está em condições críticas e apresenta “risco iminente de desabamento e incêndio”. A instituição, que possui mais de 90 anos de história, guarda toda a documentação do Dops (Delegacia de Ordem Política e Social) desde os anos 1930, incluindo os registros do estado novo e depois da ditadura militar. No comunicado de fechamento, Travancas afirmou que o sistema elétrico do prédio está obsoleto e o Corpo de Bombeiros não emitiu mais alvará de funcionamento.
Pivô de inúmeras crises na administração estadual desde que assumiu o cargo no Palácio Guanabara, Travancas chegou a anunciar, ao ser nomeado para o Arquivo Público, que não iria tomar posse.. “Consegui o que queria, e não vou para a direção do Arquivo Público, do qual eu não entendo nada. Sou do compliance, não tenho nada a ver com arquivo. Agora estou livre para advogar contra o governo, porque não serei mais servidor”, afirmou ele na época.
Em setembro, o polêmico advogado, que se autodeclarava responsável pelo compliance do Palácio Guanabara, ao anunciar em nota que, finalmente, o governador Cláudio Castro aceitou sua exoneração de subsecretário, disse que iria deixar o Brasil, por receber ameaças de mortes em razão das reiteradas denúncias que tinha ealizado nos últimos anos. Travancas afirmou que a decisão de Castro, certamente, foi motivada pelas denúncias que realizou na CPI da Transparência da Alerj, quando mais uma vez ligou sua metralhadora giratória contra o governo a que servia. Lançou suspeições sobre a Faperj e denunciou a realização de festas nas dependências dos palácios Guanabara e Laranjeiras.