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Protesto no Jardim de Alah reuniu multidão descontente com novo empreendimento imobiliário no local

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Por JB RIO
redacao@jb.com.br

Publicado em 23/02/2025 às 09:58

Alterado em 23/02/2025 às 10:38

Centenas de pessoas protestaram contra a "revitalização" do Jardim de Alah, no Leblon Foto: divulgação

O Jardim de Alah foi palco, neste sábado (22), de um protesto organizado pela Associação de Moradores do Jardim de Alah, que reuniu cerca de 500 pessoas contra o corte de 130 árvores, entre elas, diversas exóticas, distribuídas ao longo do parque. O projeto de "revitalização", aprovado pela Prefeitura, desagradou não só os moradores, mas também os frequentadores do local, que é simbólico para muitos cariocas. Alguns moradores comparam o local a grandes monumentos geográficos, como o Central Park, em Nova York, ou o Jardim de Luxemburgo, na capital francesa, e lamentam as notícias sobre o projeto que prevê a reconstrução de áreas do parque, que passará a contar com estabelecimentos comerciais e restaurantes. Os organizadores do protesto alegam que as árvores, além de contribuírem para a beleza e o encanto do local, são essenciais para ajudar contra o calor do verão carioca.

Apesar da falta de manutenção adequada, um problema que se estende por anos, muitos familiares usam o parque para andar com seus filhos, praticar esportes ou até mesmo como passagem entre a praia e a Lagoa Rodrigo de Freitas.

Para Miguel Pinto Guimarães, arquiteto responsável pelo projeto: "Os protestos fazem parte da democracia, mas não retratam a realidade do que vai acontecer de benéfico pra cidade”. Já o empresário Alexandre Accioly, responsável pelo Consórcio Rio+Verde, que fará a "reestruturação" do Jardim de Alah, alega que, segundo o projeto, as árvores retiradas serão remanejadas, e que a empresa plantará 300 novas. Outro ponto levantado por Accioly seria o aumento da segurança da região após a revitalização, uma vez que contará com estacionamento subterrâneo.

O prefeito Eduardo Paes ainda não se manifestou sobre os protestos ocorridos na manhã de ontem.

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