Cidade terá primeiro hospital exclusivo para tratamento do coronavírus no país
Município arrenda unidade de saúde desativada na Região Oceânica e criará 140 leitos com respiradores e UTIs
A Prefeitura de Niterói vai arrendar, pelo período de um ano, o hospital Oceânico, em Piratininga, na Região Oceânica, para servir como polo de atendimento aos eventuais pacientes que contraíram o novo coronavírus. Será o primeiro hospital público do Brasil a oferecer 140 leitos com respiradores e unidades de tratamento intensivo exclusivos para a Covid-19. A unidade, construída pela iniciativa privada, está praticamente pronta e inutilizada. Enquanto isso, o Município já possui 14 leitos de UTI com respiradores montados no Hospital Municipal Carlos Tortelly, no Centro, prontos para uso imediato, caso necessário.
O decreto que torna público o hospital Oceânico será publicado neste sábado (21). No texto, a Prefeitura de Niterói justifica a ação pelo "iminente perigo público diante da perspectiva do aumento do número de casos de Covid-19 no Município de Niterói e a necessidade de mobilização, cooperação e integração de esforços" públicos, privados e do terceiro setor no controle e combate da pandemia".
O arrendamento considera a prerrogativa do Poder Público de "requisitar bens e serviços no âmbito da saúde para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias". Leva em consideração a recomendação de se concentrar em um único hospital, o atendimento aos pacientes infectados pelo coronavírus "visando à contenção da disseminação da doença, ao isolamento dos pacientes, ao cuidado integral, humanizado, intensivo e específico aos infectados, bem como à preservação dos demais pontos de atenção à saúde municipal", segundo o decreto.