NEM NA DITADURA BRASIL TEVE TANTOS MILITARES NA SAÚDE
A frase é do ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em entrevista ao vereador Leonardo Giordano
O vereador Leonardo Giordano (PCdoB) entrevistou o médico sanitarista e ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Titular da pasta entre os anos de 2007 e 2011, Temporão disse que nem na ditadura militar o Ministério da Saúde teve tantos militares, que estão substituindo profissionais de carreira. Nesta quarta-feira, nove militares foram nomeados para assessorar o ministro que ainda nem foi escolhido. Para Temporão, isso é um problema grave:
"O Ministério está sendo ocupado por pessoas que não entendem absolutamente nada de saúde pública". Segundo ele, dois pré-requisitos são fundamentais para algo novo e interessante acontecer. "Primeiro, o novo ministro, seja quem for, deve chamar estados, municípios e a sociedade e propor um grande acordo para definir que rumo devemos tomar para enfrentar esta situação. Segundo, chamar cientistas, pesquisadores, infectologistas, epidemiologistas e sanitaristas para ajudar o governo neste esforço. Fora deste contexto, não vejo como qualquer um que sente na cadeira de ministro possa ter algum sucesso." A entrevista pode ser vista na íntegra na página facebook.com/leonardogiordanorj
Na próxima quinta (21), às 17h, Giordano entrevista o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). A transmissão ao vivo será feita na página do Facebook e retransmitida pelo site do jornal Toda Palavra. O Maranhão registrou, ontem, 960 novos casos positivos da Covid-19. De acordo com a última atualização da Secretaria Estadual de Saúde, são 14.198 casos confirmados, 2.998 recuperados e 604 mortes em decorrência do novo coronavírus. No último domingo (17), Dino decretou o fim do lockdown na Ilha de São Luís, após completar 13 dias de isolamento total. A capital foi o primeiro caso do bloqueio no país por conta da pandemia da Covid-19. O objetivo foi reduzir o número de novos casos no novo coronavírus e atingir cerca de 70% a 80% de isolamento social. Entre as medidas adotadas, estavam a declaração de autorização de trânsito para funcionários de serviços essenciais, rodízio de veículo e controle de acesso a farmácias e supermercados.
A série de conversas com autoridades e especialistas em diversos segmentos para ampliar a divulgação das políticas públicas que estão sendo desenvolvidas em Niterói, no Brasil e no mundo contra a Covid-19 começaram na última semana de abril. Já passaram pelo programa o reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Antônio Cláudio da Nóbrega, o advogado e ex-deputado federal Wadih Damous, a filósofa Márcia Tiburi, o economista e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador da Rede Pró-Rio, Bruno Sobral, dentre outros.