Governo inicia cadastro em favelas para obras do PAC

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JB Online

RIO - Muita expectativa no Morro do Alemão e nas favelas de Manguinhos e da Rocinha com o início do cadastramento de profissionais nessas comunidades para trabalhar nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nesta quinta-feira. A previsão do governo é da criação de cerca de 4.600 empregos, sendo 3.500 trabalhadores no Alemão, durante o pico das obras.

Para o vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, no próprio edital já era especificada a necessidade de se contratar o maior número de profissionais nas comunidades. Isso, frisou, permite que os moradores retornem ao mercado de trabalho e possam, após os três anos de intervenções, ser absorvidos pelo mercado formal. Essas obras funcionarão como um avalisador da qualidade do trabalho dos profissionais.

- Estamos trabalhando para utilizar o maior número possível de profissionais das comunidades. As funções de servente e ajudante não precisarão de comprovação de experiência, mas as outras profissões exigirão prática e qualificação na área. Se não houver pessoal capacitado, ofereceremos cursos rápidos, para que os moradores possam participar dessas obras que irão transformar a realidade das comunidades frisou Pezão.

O vice-governador acredita que, em todas as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado, sejam criados entre 15 mil a 20 mil empregos. Para essas obras de urbanização de favelas o cadastramento será feito pela Secretaria de Trabalho, com unidades móveis nos complexos de Manguinhos e Alemão. Na Rocinha as inscrições poderão ser feitas na agência de trabalho, na Estrada da Gávea, 486.

O secretário de Trabalho, Alcebíades Sabino, reiterou que os postos estarão prontos para atender aos interessados em trabalhar nas obras a partir da quinta. Cerca de 20% das vagas serão destinadas ao sexo feminino e as oportunidades são para inúmeras funções na área de construção civil, como serventes, ajudantes, carpinteiros, marceneiros, pedreiros, armadores, técnicos e engenheiros.

Serão, em média, 1.300 empregos gerados, a princípio, na Rocinha; 1.500, em Manguinhos; e 1.800, no Complexo do Alemão. Para o subsecretário executivo de Obras, Hudson Braga, isso irá revigorar as comunidades, já que fará com que milhares de famílias possam retomar seu crescimento econômico.