Secretaria fecha lixão ilegal à margem do Canal do Cunha

Por

JB Online

RIO - O lixão clandestino há anos instalado bem à margem do Canal do Cunha foi fechado e, em no máximo uma semana, o terreno será limpo, de acordo com a secretaria Estadual do Ambiente. Futuramente, o local terá outro destino, que pode ser uma área de lazer para os moradores da comunidade da Maré. A secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, coordenou, na manhã desta quarta-feira, operação de retira final do lixo que estava sendo lançado, junto à faixa marginal de proteção (FMP), o que configurava crime ambiental.

Ao acompanhar a operação, Marilene Ramos disse que o trabalho será concluído em 15 dias e que discutirá com a comunidade o que pode ser feito no local. A idéia é transformá-lo em área de lazer. Barricadas ecológicas obstáculos físicos - estão sendo instaladas nos acesso ao terreno, para impedir o tráfego de caminhões e, conseqüentemente, novos despejos de lixo, como acontecia.

A secretária afirmou ainda que a operação foi a primeira de uma série que será deflagrada pela Secretaria Estadual do Ambiente, com o objetivo de acabar com os lixões clandestinos no Rio.

- Esta área começou como depósito de material reciclável e acabou virando lixão clandestino. Já notificamos por várias vezes o proprietário, mas como nada foi feito, vamos fechá-lo e instalar as barricadas ecológicas - comentou a secretária.

Segundo ela, ações semelhantes acontecerão ao longo dos rios Pavuna e Meriti, na Baixada Fluminense, onde existem lixões clandestinos.

- Vamos retirar esse lixo e instalar obstáculos físicos, as barricadas ecológicas, para impedir o acesso de caminhões nesses locais disse a secretária.

Utilizando uma retroescavadeira e pelo menos 20 caminhões, a Secretaria espera concluir em 15 dias o trabalho de retirada do lixo e limpeza da área, de aproximadamente 2 mil metros quadrados. No local vivem cerca de 20 famílias que sobrevivem a partir da coleta de material reciclado. Essas famílias serão cadastradas para futuramente serem realocadas.

Em agosto, a Secretaria interditou o lixão que ocupa uma área aproximada de 2 mil metros quadrados. Desde então, pelo menos 60% do lixo que havia na área, ocupada por Acir José da Silva para depósito de material reciclável já foram retirados, segundo a assessoria. O proprietário do material já foi autuado por lançamento de lixo em área de faixa marginal de proteção e por crime ambiental, uma vez que queimou pneus no local.

A ação teve a participação da Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais), da Secretaria do Ambiente, e o apoio de técnicos da Serla, de policiais do 4º BPM (São Cristovão) e da DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente).