Cariocas dão cor a Parada Gay de São Paulo

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Camilla Lopes, JB Online

RIO - Muito mais que uma festa, a tradicional Parada Gay de São Paulo chega em sua 13ª edição no próximo domingo (14) como o maior evento GLBTT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais) do mundo. A manifestação, que neste ano traz o tema Sem Homofobia, Mais Cidadania Pela Isonomia dos Direitos! , contará com 20 trios elétricos com destaque para o da campanha Não Homofobia!

No ano passado a Parada Gay na cidade de São Paulo arrastou cerca de 3 milhões de pessoas, inclusive os turistas do restante do Brasil e de diversos lugares do mundo. Além de ser um grande evento gay a parada virou um acontecimento da cidade de São Paulo. As famílias comparecem, até crianças andam com a bandeirinha do arco-íris, a cidade abraça a causa gay conta Eduardo Saade, 36 anos, que junto com o companheiro Roberto Tostes, 41 anos, organizou uma caravana com cinquenta pessoas para irem a São Paulo. Edu e Beto como são conhecidos, são os coreógrafos da Ala Gay da Unidos da Tijuca e e o hábito de reunir os amigos para o carnaval e eventos durante o ano, ficou sério e faz parte de um dos trabalhos que o casal desenvolve junto.

A caravana de Edu e Beto que fazem parte de uma tribo denominada Ursos homens gays que são gordinhos e peludos sairá do Rio às 19h desta sexta-feira com previsão de chegada em São Paulo à meia-noite e assim que eles chegarem já vão direto para a mior festa dos ursos que acontece no Brasil, a Ursound.

Um dos integrantes da excursão dos Ursos é o documentador eletrônico que não é urso Francisco Terra de 34 anos. Será a primeira vez dele na parada, Francisco diz que a importância política do evento, é para ele, o principal motivo da viajem. Eu acho importante ir a Parada de São Paulo porque diferentemente da do Rio ela tem uma chamada mais política, não é apenas uma festa. É um encontro social enorme mas com apelo de luta pela aceitação e liberdade acredita Francisco.

Na contramão da caravana descrita nas linhas acima está o estudante de letras Michel Matheus de 25 anos. Michel vai nesta quinta-feira pra São Paulo sozinho de avião. Que não liga muito para a parada e sim para a agitação da cidade. Ao chegar, o roteiro definido por ele é digno de um maratonista e a Parada Gay em si não é o foco principal da ida do rapaz à cidade da garoa. Esta noite eu vou para duas festas, primeiro uma promovida pela Daslu e depois outra promovida pela boate The Week depois para outra e pela manhã tem um after super seleto conta Michel.

No entanto, seja qual foi o estilo todos os moços concordam, São Paulo fica mesmo imperdível em época de Parada Gay.