Estado investe R$ 9,1 bi em obras e gera 49 mil empregos

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JB Online

RIO DE JANEIRO - O governo do Estado, em parceria majoritária com o governo federal, espalhou canteiros de obras nos últimos três anos, com destaque para as melhorias estruturantes em grandes comunidades carentes do Rio: complexos do Alemão e Manguinhos, Rocinha e Pavão-Pavãozinho e Cantagalo. Este ano, o último de Sérgio Cabral a frente do governo, obras e serviços de infraestrutura foram orçados em R$ 9,1 bilhões, sendo que já foram executados até agora R$ 3,2 bilhões. Houve geração de 49 mil empregos e benefícios diretos para cerca de oito milhões de pessoas.

No total, entre executadas, em andamento e ainda para serem feitas, são 9.182 obras. Até o ano passado, foram executadas 3.211,2 delas. Tocadas diretamente pela Secretaria de Obras, foram 1.789,6 pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) 487,2, pela Empresa de Obras Públicas (Emop), 531,6 e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), 402,8. Das quase seis mil obras em andamento ou a iniciar a maioria ficará pronta ate dezembro.

Segundo o governo, esses e outros dados que mostram a amplitude das realizações da atual administração estadual, voltadas em grande parte para beneficiar áreas carentes do estado, em especial do Grande Rio, foram anunciados pelo vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, no segundo dia de reunião de secretários com o governador nesta quarta-feira.

Após o vice-governador, o presidente da Emop, Ícaro Moreno Júnior, o presidente do DER, Henrique Ribeiro, e o presidente da Cedae, Wagner Victer, detalharam as obras de suas respectivas empresas. Foram necessárias mais de três horas para apresentar ao governador e demais secretários estaduais tão amplo e diversificado quadro de investimentos em obras de infraestrutura, saneamento e urbanização.

São inúmeros programas, como os PACs das Favelas, do Saneamento e do Arco Metropolitano, as obras na Comunidade Santa Marta, em Botafogo, o Prodetur, Somando Forças, Delegacia Legal, Rio Sem Lixão, Despoluição da Baía de Guanabara e das lagoas da Barra, Jacarepaguá e Recreio, Preservando Recuperando Prédios Públicos, Mobilidade Urbana, Praças e Complexos Esportivos, Pró-Infra, Habitar Brasil BID, Urbanização de Nova Aurora, além de emergenciais e outras obras.

Só nas obras do PAC das Favelas, a ponta de lança do governo do estado na reurbanização de comunidades pobres, estão sendo investidos R$ 1,6 bilhão, com quase a metade já executada. Os projetos beneficiam 250 mil pessoas, além de gerar 8.350 empregos, com a maioria da mão-de-obra requisitada nas próprias comunidades beneficiadas. São projetos de urbanização, de construção de equipamentos comunitários e de implantação de infraestrutura urbana.

Já foram concluídos e entregues no Complexo de Manguinhos um parque aquático, uma escola de ensino médio, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas, um Centro de Referência da Juventude, um centro de apoio jurídico, um Centro Vocacional Tecnológico (CVT), 416 unidades habitacionais e uma biblioteca. No Alemão, já foram entregues 344 unidades habitacionais, um Centro de Geração e Renda e uma área de lazer. Na Rocinha, o complexo esportivo e de lazer, logo na saída do Túnel Dois Irmãos, já está concluído, mas a inauguração será no próximo dia 8, juntamente com uma UPA. No Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, foram entregues 120 unidades habitacionais, urbanização de ruas, reurbanização da servidão e saneamento básico.

Menina dos olhos do PAC no Rio, o teleférico, no Alemão, já está com mais da metade de sua implantação pronta. Em junho, começarão os testes que vão durar três meses. A inauguração está prevista para setembro. Ainda no Alemão, uma UPA também já está pronta e deve ser inaugurada nos próximos dias. Em Manguinhos, deverão ser entregues ainda este ano a elevação da via férrea, um dos maiores sonhos do governador, o parque metropolitano e uma ligação com a Avenida Brasil, obra que retirou cerca de 500 moradores que viviam literalmente dentro do esgoto.

Segundo Pezão, a Secretaria da Casa Civil está criando um comitê gestor com representantes de cada secretaria que tenha gerência de projetos do PAC nessas comunidades para fiscalizar o uso adequado das obras feitas e entregues pelo governo aos moradores. Também lembra que a prefeitura deve participar da manutenção das obras.

Cabral, que visitou obras em comunidades carentes de Medellin, na Colômbia, disse que não há na América Latina obras similares às do PAC nas favelas cariocas.

Não chegam nem aos pés dessas. A beleza e qualidade são inigualáveis. Agora temos de pacificar essas comunidades, garantir a elas a segurança de ir e vir, mas vamos chegar lá. Meu sonho é ver esses três complexos de favelas com um padrão estético urbanístico de qualidade, mas seguros disse.