Após ocupação do Morro do Borel, Beltrame fala de próximas ações
JB Online
RIO - Na última semana, a PM ocupou o morro do Borel e mais seis comunidades na Tijuca, Zona Norte do Rio, sem disparar tiros. Após a bem sucedida operação, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, falou sobre as próximas ações de sua pasta. Entre os assuntos principais, a ocupação de comunidades pelas UPPs, a abertura de concursos para PM e o combate às milícias.
Beltrame acredita que as ocupações tendem a ser tranquilas porque os marginais já sabem como a operação acontece:
- Como fazemos entradas maciças, os bandidos estão vendo como a polícia vem se comportando, que está entrando para ficar. Se tem alguém lá, eles acham melhor fugir, porque sabem que, se forem para o confronto, não terão chance disse o secretário.
As ocupações pelas UPPs dependem, segundo ele, de boas informações sobre as comunidades, com um mapeamento completo para definir um plano estratégico. As próximas ações ainda não podem ser anunciadas por questões de segurança e para que não haja antecipação, mas já existe um projeto para a ocupação dos complexos da Penha e do Alemão, com previsão de 2 mil homens, número equivalente ao de três batalhões.
- Vamos pegar o Maciço da Tijuca, os lugares que consideramos mais conflagrados. Os morro dos Macacos, Andaraí e Salgueiro estão na lista. Serão mais oito UPPs até o fim do ano. Todas na Grande Tijuca e adjacências. E algumas mais na Zona Norte, a previsão é de dois ou três lugares lá.
Em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral, a Secretaria de segurança fiscalizará, ainda, a articulação de milicianos em comunidades ainda não ocupadas, em decorrência das eleições.
Beltrame comunicou que serão realizados concursos anuais para 5 mil policiais. O objetivo é aumentar o efetivo de 37 mil para 55 mil homens, o que, inclusive, é exigência do Comitê Olímpico para 2016.
De acordo com o secretário, o sucesso de sua gestão é fruto, principalmente, de uma autonomia de ação:
- A maior conquista foi o povo do Rio ter comandantes de batalhão, delegados, chefe de polícia e comandante-geral escolhidos por critérios técnicos e não por indicação política. Como vou fazer UPP na Cidade de Deus, se o comandante não fui eu quem coloquei, o delegado não fui eu quem indiquei? Tudo o que estamos começando a colher hoje é fruto desta autonomia que o governador nos deu lá atrás - comemorou.
(com assessoria de imprensa)