Duque de Caxias lança Correio Social para ajudar moradores com parentes em outro estado
DUQUE DE CAXIAS - Para ajudar moradores que deixaram seus estados para morar no município em busca de dias melhores e há anos não se comunicam com seus parentes, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos de Duque de Caxias lançou nesta quarta-feira, 8 de dezembro, na Praça do Pacificador, no Centro, o projeto Correio Social. A meta é beneficiar 5 mil pessoas. Até o dia 17, professores, assistentes sociais, estagiários de serviço social e voluntários estarão ajudando moradores que queiram escrever cartas para parentes.
No centro comercial, equipes abordam transeuntes para ajudá-los. O atendimento será feito nos dias úteis das 10h às 16h. Para facilitar a remessa da correspondência, o interessado deve saber o endereço do parente e o estado de origem, sem se preocupar com o Código de Endereçamento Postal (CEP) que é levantado no local através da Internet.
A proposta para o secretário Airton Lopes da Silva, o Ito, é fazer com que a população passe a se corresponder com seus familiares através do Correio Social. “Nosso objetivo visa a ajudar essas pessoas que se estabeleceram em nossa cidade e por causa das dificuldades mantém pouco ou nenhum contato com os parentes. A idéia do projeto apareceu após o prefeito Zito encaminhar ao órgão uma correspondência onde uma pessoa solicitava a localização de um parente, o que foi feito com sucesso”, disse o secretário, acrescentando que o município é habitado na maior parte por migrantes nordestinos e que nessa época natalina a saudade aumenta mais.
O primeiro morador atendido na Praça do Pacificador foi o baiano José Nunes Ferreira, de 75 anos, que chegou a Duque de Caxias em 1947 fugindo da família. Nesse período, voltou ao estado em 1990 e 2005, desta vez por problemas de doença na família.
“Tenho muitos parentes em Itapetinga e seria de bom agrado me corresponder com eles, pois tenho muitas saudades. Essa ajuda é muito importante para pessoas como eu que só sabe assinar o nome”, disse o morador do bairro Olavo Bilac, que se emocionou e chegou às lágrimas.