Reitor da Uerj é criticado por alunos e docentes
Principal reivindicação sequer foi encaminhada à Comissão de Educação
Na manhã desta sexta-feira(24), um ato unificado reuniu estudantes, professores e técnicos de diversas universidades ao redor do campus da Uerj, no Maracanã. Em meio às críticas, o ponto em comum foi o nome de Ricardo Vieiralves de Castro, reitor da instituição desde 2008, reeleito no ano passado para mais quatro anos à frente da instituição. A Uerj está em greve desde junho.
Segundo um professor da universidade, que preferiu não se identificar, a relação dos docentes com o reitor vem se deteriorando desde a reeleição, no final de 2011.
" Ele esgotou todos os canais de negociação com os professores, e até hoje não foi encaminhado para a Alerj uma proposta oficial, um projeto de lei que trate da dedicação exclusiva dos professores da Uerj, algo pelo que lutamos há muitos anos", apontou o professor, frustrado por ter apoiado o reitor na candidatura de seu primeiro mandato, em 2008." Mais do que frustrado, me senti foi enganado pelas atitudes dele", completou.
O gabinete da Comissão de Educação da Alerj confirmou que não recebeu nenhuma proposta de lei para o regime de dedicação exclusiva.Mauro Iasi, presidente da Associação de docentes da UFRJ, também não vê com bons olhos a atitude do colega:
" Ele(Ricardo) pediu mandado judicial para que a associação de docentes não utilizasse os espaços públicos da universidade. Aceitou a entrada da polícia militar em uma universidade pública, o que é uma afronta que lembra os tempos da ditadura militar neste país. Está claro que ele não está sendo tolerante com as discordâncias", criticou Iasi.
Procurado por esta reportagem, Ricardo Vieiralves não atendeu às ligações.