CSN é multada em R$ 11,6 milhões pelo descumprimento de acordo

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A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi multada em 11,6 milhões pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente, por conta do atraso no cumprimento de 17 itens previstos no Termo de Ajustamento de Conduta  (TAC). assinado em 2010, após a siderúrgica provocar um derramamento de óleo no Rio Paraíba do Sul.

No TAC a CSN se comprometeu a investir R$ 216 milhões ao longo de três anos, em 114 medidas para reduzir os impactos de sua atividade. De acordo com o secretário  do Meio Ambiente, Carlos Minc, a empresa está fora do prazo em 23 itens. Destes, 17 estão "muito atrasados" e resultaram na multa.

O secretário classificou a siderúrgica como “cliente” por conta dos recorrentes problemas que provoca. “A CSN é cliente. Já foi multada muitas vezes, milhões e milhões de reais. O anúncio da multa serve para alertar a sociedade de que eles não estão cumprindo pontos relevantes do acordo”, disse.

Minc afirmou que “a CSN é a maior poluidora do Rio Paraíba do Sul e do ar em Volta Redonda”. De acordo com ele, a empresa deixou de descontaminar áreas nas quais a poluição atingiu o lençol freático, não instalou equipamentos para reduzir a emissão de pó vermelho (partículas de ferro) e tampouco os tanques de emergência para impedir - em caso de acidente - que o óleo alcance o Rio Paraíba do Sul.

O secretário, entretanto, reconheceu que a siderúrgica vem reduzindo os impactos de sua atividade desde a assinatura do TAC. Ele destacou a melhora na qualidade do ar em Volta Redonda. “Houve, desde 2006, uma redução de 40% na emissão de óxido de nitrogênio. Está melhorando, mas porque estamos em cima”, ponderou.