Ministério Público oferece denúncia contra suspeitos da morte de cinegrafista

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O Ministério Público do Rio de Janeiro ofereceu denúncia nesta segunda-feira (17) contra os dois suspeitos de acender o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, durante uma manifestação no Centro do Rio contra o reajuste das passagens de ônibus. Fábio Raposo e Caio Silva de Souza vão responder à Justiça por homicídio com dolo eventual.

A promotora Vera Regina de Almeida, da 8ª Promotoria de Investigação Penal, aceitou a denúncia após analisar o inquérito enviado pelo delegado Maurício Luciano.

Caio e Fábio estão presos temporariamente no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste, e foram indiciados por homicídio triplamente qualificado (por motivo fútil, emprego de explosivo e sem possibilidade de defesa da vítima) e pelo crime de explosão.

Caio Silva de Souza, de 22 anos, foi preso em uma pousada de Feira de Santana, na Bahia.

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Caio era tranquilo com vizinhos, mas violento em manifestação

Um jovem de família pobre, morador da Baixada Fluminense, e simpático com os vizinhos e colegas de trabalho, mas que se transformava ao chegar às ruas para os atos contra a corrupção, ou, como no caso do último dia 6 de fevereiro, contra o aumento da passagem de ônibus municipal. É este o perfil de Caio Silva de Souza, 22 anos, preso na madrugada de quarta-feira no município de Feira de Santana, na Bahia, acusado de ser a pessoa que acendeu o artefato explosivo que vitimou fatalmente o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade. 

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, na manhã do dia 11, uma foto do suspeito de ter acendido o rojão que atingiu Santiago Andrade. Caio Silva de Souza, 23 anos, tem duas passagens pela polícia e era considerado foragido desde que foi expedido um mandado de prisão temporária em seu nome. Fábio Raposo, que passou o rojão, reconheceu o autor do disparo a partir da imagem levada pelo delegado.

Procurado por homicídio doloso qualificado – quando há intenção de matar – por uso de artefato explosivo e pelo crime de explosão, o suspeito foi preso na madrugada de 12 de fevereiro em uma pousada na cidade de Feira de Santana, na Bahia. De acordo com o advogado Jonas Tadeu Nunes, que também defende Fábio Raposo, Caio Silva de Souza seguia em direção ao Ceará, para a casa de um avô, mas foi convencido a se entregar. Ele não reagiu ao ser preso.